sábado, 5 de janeiro de 2013

ARTIGO - DIVAGAÇÕES por GEOVANI OLIVEIRA


O Ano de 2013 começou iluminado com uma chuvinha branda que alivia a seca nos campos castigados pela mudança climática em curso. Observo à certa distância tão próxima que até parece que estou no cenário dos fatos. É possível ver o voo do chacal em busca de sua nova presa, aquela que está bem aos seus olhos. Era como se não bastasse o cenário anterior, onde escorpiões se saciavam de carnes macias picando tudo o que era possível a sua frente. O ambiente mais parecia um seriado de televisão, se não fosse a realidade da vida. era possível ainda escutar passos rápidos, gritos histéricos, como se todos nós fossemos expectadores de uma grande luta medieval, nas arenas do passado.
Em questão de minutos haveria nova mudança numa volta ao "status quo" e com ele diversos cavaleiros alados vestiam novos mantos, novas cores, novos sorrisos e novas vontades, numa grande "alegoria de carnaval", formando alas dos palhaços aos cães medievais, onde a alegria e a tristeza se confundiam num só personagem de duas cabeças. 
Acordamos rapidamente, a chuva fina na janela estava com pouca disposição para avançar. Com uma certeza no coração, erguemos a fronte e nos ajoelhamos para agradecer, 2013 havia chegado. Estávamos todos ali, o circo e a platéia. Os personagens variados tomaram formas e começaram a escrever e dar vida a variadas formas de seres, embora humanos, nutriam caracteres cibernéticos, como se a vida fosse uma grande rede de conexão irreal e imorredoura, como se as ações não refletissem nos espelhos da Lei do Retorno. Havia uma valsa, era como uma dança com lobos, lobos coloridos feito arco-iris de garras e dentes afiadíssimos em busca de novas presas no terreno da existência humana.
Havia contudo outra esfera, uma camada mesclada de seres devotos da realidade, pessoas que com suas vestes simples engrandeciam o lugar, pois a solidariedade, o amor e a compaixão estava estampada em seus corações, pois seus rostos sisudos não entregavam os seus nobres sentimentos legítimos. A realidade é um extremo entre dois mundos, o ontem e o hoje já que o amanhã será também ontem e hoje em breves dias. Já é dia de sol que ilumina a relva e mostra caminhos aqueles que desejam seguir na busca continua de objetivos nobres. É tempo de descer do palco e encarar a vida do jeito que ela é, com seus elevados, com sua eterna roda gigante e chapéus mexicanos, daqueles dos parques de outrora em festas de Natal. É tempo de sentir que as oportunidades sempre existiram e sempre existirão e que Deus É A Única Realidade, pois Ele sempre Foi, É, e Sempre Será O Condutor de tudo e de todos quer vocês queiram ou não queiram. E como diz na canção Chico Buarque: "Apesar de você, amanhã há de ser um outro dia..."