Relatório final do órgão municipal tem mais de 90 indícios de que JK teria sido vítima de um complô dos militares
São Paulo - A Comissão Municipal da Verdade de São Paulo informou nesta segunda-feira que o relatório a ser divulgado amanhã traz evidências de que o ex-presidente Juscelino Kubitschek, morto em um acidente de carro em 1976, teria sido assassinado pela ditadura militar em 1976 durante viagem de carro, e não em um acidente de carro, como diz a história oficial.
"Não temos dúvida de que Juscelino Kubitschek foi vítima de conspiração, complô e atentado político", afirma o vereador Gilberto Natalini, presidente da Comissão Municipal da Verdade.
"Não temos dúvida de que Juscelino Kubitschek foi vítima de conspiração, complô e atentado político", afirma o vereador Gilberto Natalini, presidente da Comissão Municipal da Verdade.
As circunstâncias da morte do presidente são investigadas pelo órgão municipal. O relatório, de 29 páginas, se baseia em depoimentos de testemunhas e inclui mais de 90 "indícios, evidências, provas, testemunhos, circunstâncias, contradições, controvérsias e questionamentos" de que JK foi vítima de um complô planejado por militares quando viajava pela Rodovia Presidente Dutra, próximo a Resende (RJ).
Pela versão oficial, o ônibus teria batido levemente no automóvel que, desgovernado, chocou-se com o caminhão.
Em 1964, com o golpe militar, Juscelino perdeu o mandato de senador e teve direitos políticos suspensos. Nos anos seguintes, tentou organizar uma frente pela redemocratização do país, junto com Carlos Lacerda e João Goulart, mas não voltou mais ao poder.
Nenhum comentário:
Postar um comentário