quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Mulher com 24 Kilos veja so as consequências dessa doença

Paciente com anorexia apresentou melhora uma semana depois de começar o tratamento (Foto: Alan Schneider/G1)Paciente apresentou melhora uma semana depois de começar o tratamento (Foto: Alan Schneider/G1)
Uma semana após ser internada na Santa Casa de Piratininga (SP), a ex-gerente de restaurante que sofre de anorexia nervosa apresenta uma melhora significativa no quadro clínico. Aline Alves da Silveira Souza, de 34 anos, que até então preferia não revelar a identidade porque pesava apenas 24 kg, perdeu a vergonha da aparência e aceitou mostrar o rosto. Com o tratamento nutricional, em apenas sete dias ela obteve um ganho de quase dez quilos.
A vontade de querer se recuperar também é outro ponto positivo aparente. Aline se alimenta por via oral e por sonda. O cardápio já conta com ovo mexido e iogurte. “Estou me sentindo fisicamente melhor. Taquicardia que sentia não tenho mais. Até comi ovo mexido, iogurte e tudo que tenho vontade, claro, que aos poucos. Graças a Deus não estou tendo rejeição”, informou.
Aline e a mãe Teresa: pensamento positivo de recuperação (Foto: Alan Schneider / G1)Aline e a mãe com pensamento positivo na
recuperação (Foto: Alan Schneider / G1)
Passeios diários pela área externa da Santa Casa são outros sinais da evolução da mulher. “Consigo andar melhor e tomei meu primeiro banho de sol no hospital. Foi pedido meu. Quero virar essa página na minha vida e vou conseguir”, disse a paciente que mora emBauru e tem uma filha de 12 anos.
A mãe de Aline, Teresa Alves, que acompanha o tratamento da filha no hospital, está com a esperança renovada. “O resultado da parte clínica estou satisfeita. Ela está sendo bem monitorada e não tenho o que reclamar. O risco de morte já reduziu bem e, felizmente, nenhum órgão dela foi prejudicado”.
No entanto, Teresa ainda tem receio em relação ao tratamento psiquiátrico. “Fico com um pé atrás por causa da parte psiquiátrica depois de ela sair do hospital. O principal é o bloqueio da cabeça. A luta é para conseguir uma clínica para ela porque não tenho condições de manter o tratamento psiquiátrico. Na Santa Casa não tem, mas a psiquiátrica Vanessa Gimenes se solidarizou e começou a trabalhar na recuperação da minha filha. Fico direto com ela no hospital e não estou cansada porque estou otimista”.
Ex-gerente quis 'tomar a luz do sol' (Foto: Alan Schneider / G1)Ex-gerente quis 'tomar luz do sol'
(Foto: Alan Schneider / G1)
Segundo a enfermeira responsável pelo setor da Santa Casa, Priscila Ferreira Poli, a paciente apresenta uma força grande de recuperação. “Quando ela chegou ao hospital sequer conversava com a gente. Hoje ela já é outra pessoa, com uma disposição incrível e querendo fazer as coisas, como passear e se alimentar”, avisou.
O resultado na primeira semana internada tem despertado outros desejos em Aline para um futuro próximo. “Quero voltar a usar meus sapatos de saltos, minhas roupas, sair de casa e até ir à praia e usar biquíni. Quero viver. Quem sabe um dia até arrumar um namorado”. Apesar da recuperação, Aline ainda não tem previsão de alta da Santa Casa de Piratininga.
Médico psquiatra diz que ela corre risco de morrer de até 40%  (Foto: Alan Schneider / G1)Aline deu entrada na Santa Casa pesando apenas 24 quilos (Foto: Alan Schneider / G1)
Entenda o caso
A primeira crise de anorexia em Aline ocorreu entre os 13 e 17 anos de idade. Ela disse que no tempo de escola, os alunos a chamavam de gorda. Apesar de mostrar os sintomas da anorexia, no fim da adolescência, a mulher se casou e pouco depois teve a filha.
Já a segunda crise foi mais grave. Há três anos, após ser demitida do emprego de gerente em um restaurante e a separação do marido fizeram agravar a saúde. A doença tomou conta de Aline. A perda drástica de peso e a vergonha com a aparência a impediram de sair na porta do apartamento.

A alimentação dela até a semana passada era praticamente à base de água. Além disso, o risco de morte por conta do grau de debilitação chegou a 40%, já que os rins estavam fragilizados.
Aline um ano antes de apresentar a segunda crise (Foto: Arquivo pessoal)

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